O que há pra hoje?

POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Reflexão matinal de inverno

Revirava-se na cama a noite
insônia leve, crônica, adquirida.
O corpo recusava-se a descansar sem antes assumir a responsabilidade da idéia,
sem antes se apropriar da idéia que lhe ocorrera num lampejo de lucidez,
sem digerir a idéia (aguda farpa) que lhe tomara todo o pensamento:

"A coerência não faz o menor sentido".

Adiante, já com propriedade, cerrou os olhos e adormeceu serenamente.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Apertado na própria pele - volume 02

se Tom Zé estiver errado
e a arte de compor não for livre
se existir certo e errado
e se ao acaso:
for certo impor limite
e for absolutamente certo ser certo...
...
ai, meu bezinho.
pego meu absoluto: meus poemas, minhas rasuras, meus lembretes, bits, instrumentos e bilhetes,
volto a ser bicho selvagem no mundo
e parto
parto porque, sinceramente confesso... esta moral não me cabe.
e não caibo mais em mim...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Apertado na própria pele

se Manuel de Barros estiver errado
e a poesia não for livre
se existir certo e errado
e for certo impor limite
...
ai, meu bem
pego meus papeis
volto a ser bicho
e parto
porque esta moral não me cabe.
E não caibo mais em mim...


das Velas e suas Convulsões

O que há de iluminar, tímida chama?
caminhos dispersos?
Pés descalços?
Cegas almas?

O fogo não se compraz,
arde em chamas,
consome cada centímetro de parafina,
ilumina a penumbra
e trai a escuridão da noite.

Há um palco de luz e sombra,
jogo e ilusão,
sempre.

Há jogo na vela?
Há chama no fogo?

Fantasias e desejos despojados
livres da mortal inquisição.
Fogo ardedor,
que faz da chama a claridade,
e convulsa da claridade da perseguição.

Vela

Há fogo na vela?
A chama do fogo!

DEVAGAR - OBRAS: Composição

Súplicas à Izis e Osíres.

PISO ESCORREGADIO

Se tropeçar não quebre nada.
Se quebrar observe os estragos.
E ao perceber a dimensão de tudo.
Conclua que é preciso pagar todo prejuízo.

A posse e o uso do dinheiro.

Gostava mais quando não via, quando achava que era diferente.
Ingênua posologia.

Sumos Científicos e Literários

Exílio.
Deixar escapar, enrolado e dengoso, cuidando-se insandecidamente na sede sociológica...
Casas avarandadas...
Casas grandes, senzalas.
Qualidades literárias, de fantasia.

Freyre
Uma galhorfa de moleque.

Não é possível rigor com sedução e poesia?


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Big Brother Brasil

Aqui ou você é pato,
ou se não é pato se esconde!

"Eu assisto muita ficção científica.
Por isso não duvido de mais nada."

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Estômago

Eu me degusto toda...
Me gosto.
Meu gosto é do gosto do gozo, do jorro, do fluido.

Minhas águas minhas.

Transbordamento de vexames...
Derramamentos imorais.
Degusto-me toda e antropafigicamente em suicídio, numa radical desmedida.