O que há pra hoje?

POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Párabachelard


É preciso escutar os poetas.
É preciso ver os poetas.
É preciso tocar os poetas.
É preciso cheirar os poetas.
É preciso degustar os poetas.
É preciso sentir os poetas.
Eis o que é preciso
e pronto.
Se é que é preciso, não-preciso, impreciso.


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Gal Costa canta

(ouvindo Gal Fatal o mês inteiro/todo)
E se o canto Gal Costa não calar mais em alma nenhuma...
se a voz/poeta não puder purgar o mundo com sua voz...
Gal permanecerá cantando
todo poeta soa
todo poeta entoa
tem uma voz na panela lá
Gal Costa canta agudíssima, canta dulcíssima, grita
Um dia só restará do poeta o canto
no meio do nada, da destruição do mundo todo e de tudo
só se ouvirá o canto de Gal
roçando a própria voz no próprio cabelo
descendo a nota até o sol do plexo
a voz de Gal
como única coisa a que se tem
e não importa se é um canto que convém,
não se pondera se convém ou não convém
o poeta canta, canta, canta e desembaraça o mundo
Gal cantando
cantacaê, cantwaly, cantaquém
Gal cantando
canta aqui, canta ali, canta além

Intuição

Pressinto
sinto
faço
finjo
finjo que não sei
mas sei
no fundo
no mais profundo
sei
e só sei
que sei
sem saber dizer
que sei
mas sei
sem saber dizer que sei

pressinto
sinto
faço
minto
minto que não sei
mas sei
no mais profundo
fundo
sei
e só sei
que sei
sem saber dizer
que sei
que sei
que sei
mas sei sem saber que sei
digo: pressinto
e sei sem saber dizer

domingo, 17 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Évinha Vindo

Évinha vindo numa pressa tola, numa sangria, numa desatação
sem nenhuma amarração évinha vindo évinha vindo vindo e subindo o largo da aflição
Oh! Evém.
Oh! Evém vindo o tempo da viração
Evém Huracan que vinha vindo arribando tudo que há no chão

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Um sorriso Tatit

Fiquei com o desejo de ouvir tatit
e ouvir tatit
ouvi tatit na rede
ouvir tatit na rede
na rede que sorrir
na rede que sorri
na rede que só ri
na rede que sorry
excusez-moi
só ri o tempo todo, a rede
o sorriso arreganhado que sua forma presa pelas duas pontas na parede faz
só ri o tempo todo, a rede
excusez-moi
na rede que sorry
na rede que só ri
na rede que sorri
na rede que sorrir
e só ouvir tatit na rede
ouvi tatit na rede
e fiquei com o desejo de ouvir mais luiz pra puder sorrir tatit

ou simplesmente rodopio
ou latumiu na minha cabeça cantando latumia
cantando achou achou achou
com o coro de latumia em que todos entoam
capitus julietas romeus paris montechios e capuletos comigo
Tatit...
Ele é...
Ele...
é...
rumo...
alguém total...



RESSINTO

Em ré menor

Recito
Recinto
Re-sinto
Re-sentindo
Ressentido
Ressinto
Rês



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Obscena

ela
apenas enfiou deliciosamente o dedo no próprio rego
e tirou a calcinha (gozosa) do vão profundo


Varinha de condão

Como num passe de mágica fez...

Plim!

... e o que era desamor de rejeição virou um querer bem danado.

É guerra

Eu dormindo o sono dos justos...

pei pei pei
trotrotrotrotro
tatatatatatatatata
paractibumparactibum
paracatatumtumtumtumparacatata
dindindindindindindidnidin
brumbrumbrumbrum
powpowpowpowpow
uen on uen on uen on uen on uen on*

... e mundo se acabando lá fora.

Eu dormindo o sono dos justos...

paraçapenteuparaçapenteu
bacopingoubacopingou
batimacumbaieieie
obaobaobaobaoba
catingarragafun
iequetin iequetin iequetin
quetinguêlê

... e o mundo ruindo em ruído lá fora.

*sons das obras da reforma de casa.