O que há pra hoje?

POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Coisa de Fulô

Escorreu a palavra fulô
margarida branca
pleno perfume

Tempo, tempo, tempo

Faz a vida virar pétala por pétala - bem-me-quer, mal-me-quer!
Faz surgir botão
Faz brotar fulô


Escorreu a palavra fulô
girassóis de Van-Gogh
amarelo perfume


Tempo, tempo, tempo


Faz deflorar cada fulô de cara virada pro sol, pro céu
Faz surgir o amarelo de que gira em busca de sol e delicadezas
Faz brotar fulô

ÚLTIMO GOLE

Bebo este último Beckett...
Como quem grita,
como quem fode,
como quem lê.

terça-feira, 26 de junho de 2012

domingo, 24 de junho de 2012

Vermelho vivo


escolhi jorrar
ter meu ventre e minha alma lavados
ver escorrer um rio pelas minhas pernas
ser o próprio mar vermelho
me permitir esta purificação primitiva
suspendi o anticoncepcional e evitei frutas cítricas
desmarquei os compromissos
e gozei vermelho

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Não mexe, não.

Para Rere:

Não mexe comigo!
Ou desperto meu espírito vandalista...
Ou acordo meu espírito zombadeiro...

segunda-feira, 18 de junho de 2012

domingo, 17 de junho de 2012

triste pedagogia


Eu não o sabia.
Você entrou - e destruiu - móveis, pratos, copos, armários, gavetas e cofres. Entrou e me ensinou a ser sozinho.
Só.
Triste constatação.

Água e Óleo


Acabou sem nunca sabermos como seria se fosse como quis.
Sem nunca termos experimentado o que quis.
Perdemos.
Perdidos.
Vencidos fomos.

Como água e óleo.

Viramos passado.
Viramos silêncio.
Viramos lembrança.

Como água e óleo.

Toda gente fala à Macabéia apaixonada que nada escuta.
Ou Alice, ou Amélie, ou Didi, ou Carlitos...
Enfim. "É preciso cortar a própria pele, fazer a própria ferida." diz Macabéia.
Tola.

Como água e óleo.

Escorria.
Passava... passava... passou.
O último fôlego, você não viu.
Não viu, ou fingiu que não viu pois não quis ver.
"pois o amor é a coisa mais triste quando se desfaz"

domingo, 3 de junho de 2012

Só corro

Tudo certo, benzinho...
Só corro.
Tudo certo, benzinho, tá tudo bem.

Corro. Corro. Corro.
Corro o dia inteiro.
Mas socorro do meu tempo
aquilo que não é trabalho,
aquilo que não é papel,
aquilo que não é a burocrática realidade de todos os dias.
Socorro do meu tempo,
aquilo que me devora,
aquilo que me ilumina,
aquilo que me dá prazer.


Organizando o tempo.
Há tempo para tudo sem precisar correr?


Socorro com um gesto derramamento o tempo que não é para isso nem para aquilo,
para que seja tempo de prazer, leveza, perfume e graça.

De resto, benzinho.
Só corro.
Só corro.