Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que eu mesmo montei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá o deleite é o método
Lá a existência é uma aventura
De modo tão eloqüente
Que tudo é um convite a criação
das paredes brotam versos
os sofás compõem músicas
e tenho inspiração como em nenhum outro lugar jamais tive
E como farei experimentações
Gozarei como poeta
Brincarei de ser cantor
Dançarei com os móveis
Tomarei banhos de cachoeira!
E quando estiver cansado
sentarei ao pé da escada
E o próprio rei me contara histórias
de meninos do mato
de artistas viajantes
de domadores de impossibilidade
de acrobatas do infinito
de malabaristas do cotidiano
E eu regozijarei todo de tanto despudor e vida viva
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra dimensão.
Os cozinheiros são músicos e alquimistas
Tem instrumentos os mais variados,
do sopro a percussão.
Tem escada poesia
pra gente escalar.
Tem as mais belas bailarinas e atrizes
com que se possa flertar.
E quando a tristeza sem jeito
a dor no peito e os problemas
ensaiarem me devorar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que eu mesmo montei
Vou-me embora pra Pasárgada.
( livre recreação com o poema de Manuel Bandeira )
O que há pra hoje?
POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
da descomunicação e dos panos quentes
não brinca assim de mentir pra mim
de fazer cena
de inventar saídas.
Faz isso não,
não sabe que sou moço de teatro?
que sou versado nas artes de interpretar?
pra mentir pra mim, seu bobo
tem de interpretar melhor este papel.
interpretar com mais verdade
fica tão bobo
tentar me dizer uma desverdade
que nem você acredita.
se quer brincar de teatro
não subestime o espectador
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