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POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A repetição enquanto terapia

Por um momento... esteve sim... estarrecido, confesso.

A realidade caiu-lhe sobre a cabeça tal qual uma bigorna.

E assim com os miolos espremidos concluiu pesaroso:

- É, a vida está aí.


A realidade caiu-lhe sobre a cabeça tal qual uma pianola antiga.

Partiu-lhe a fronte ao meio... não lhe fora de todo ruim...

deu-lhe um arejamento, possibilitou uma entrada de novos ares.

E assim - com os miolos frescos - concluiu:

- É, a vida está aí.


A realidade caiu-lhe sobre a cabeça tal qual uma pluma.

Podia não ter feito nada

mas fez cocegas.


E a realidade caiu?

como assim, caiu?

e por acaso ela andava suspensa?

Sorte de quem acredita em poetas, metáforas e balões.

2 comentários:

  1. o perigo é acreditar em poetas, gostar da coisa de acreditar e acreditar tbm em políticos.

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  2. "Uma lata existe para conter algo
    Mas quando o poeta diz: "Lata"
    Pode estar querendo dizer o incontível
    Uma meta existe para ser um alvo
    Mas quando o poeta diz: "Meta"
    Pode estar querendo dizer o inatingível
    Por isso, não se meta a exigir do poeta
    Que determine o conteúdo em sua lata
    Na lata do poeta tudonada cabe
    Pois ao poeta cabe fazer
    Com que na lata venha caber
    O incabível
    Deixe a meta do poeta, não discuta
    Deixe a sua meta fora da disputa
    Meta dentro e fora, lata absoluta
    Deixe-a simplesmente metáfora"

    Gilberto Gil

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