O que há pra hoje?

POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

domingo, 29 de julho de 2012

O tempo da delicadeza

E quando a poesia, ternamente, ferir muito e chegar ao osso...
Já não haverá mais nada...
Reinará absoluta a rima
O soberano soberano verso
Ou qualquer verso que ouse passar

E refeito na beleza o homem se refará.
VÊNUS NA CASA 12
uma dose de loucura pelo amor dos deuses
que não aguento mais ser tão comedida
fardo engrato da mediocridade
careço de desequilibrio
rasgar fora a pele
expor as viceras
vacilar pela loucura

sentir sentir
e que eu morra
mas morra inteira

eis aqui meu peito
eis aqui meu ser exposto
eis me aqui

(...)
ao menos temos o alcool
mas depois de amanha já é segunda

sexta-feira, 27 de julho de 2012

se toda vez que eu pensasse em vc acendesse uma estrela no céu a noite seria mais clara que o dia.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Sobre desaparecenças

Acredito muito nele
Na sua potência
No seu texto
E nos seus termos

Acredito em cada segundo
No quanto ele é
E em tudo que me deu
e me ensinou
e me deixou ser mais, e mais eu...

Sua grandeza inquestionável
E sua luz
seu perfume... seu rastro...
o seu tom
Sua magia em Jequié!
Ensolarados.

O encantamento de Aleck...
e a feitiçaria virtual de sua busca...
É objeto? Sujeito? Pesquisador? Pesquisado?
Quem é ele?
Um amigo...
Desaparecendo...
Não và!!!!!!!
Puf! Zaz! Zupt!
E jazz!
Lá se foi eternizado nas brumas da palavra. Outro indolente pra lista dos que deixam livros.
Eternizado por sua escrita...
Um procedimento.
Uma morte.

Um ente queer...
tropicalista...
e sertanejo...

Evoé!

Que ganhe o mundo!
Que te abram os caminhos.
Os que me escutam
e os que te guiam!

Poiesis

E em matéria de criação,
se há fiel da balança,
talvez seja esse,
o ser autêntico consigo mesmo.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Rebotalhos

E agora, que somos?

Ainda somos?

É um adeus? 

Uma partida?

Se em despedida 

eu puder cantar...

se eu tiver fólego e puder cantar...

descubro.

sábado, 7 de julho de 2012

Lua

Para Zé Miguel Wisnik

Hoje a lua é uma espadaAmanhã é uma lagoa

Amanhã some,
como num sopro,

Mudança. Mudança. Mudança.
Por que será que são tantas?

Lua,
sois una! Entre todos os sóis, sois una!

Lua,
dai potência de mudança ao mundo.
A todo mundo!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Desova de Dores Cadavéricas

Cadavéricas!
Oh, Marias, minhas dores!
Oh, Marias, minhas dores!
Dores velhas, dores cinzas, dores mortas.
Dores! Dores!



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Dia de cão

E no dia em que sentirmos brincar com os sentimentos alheios,
com os sonhos dos outros... (Pausa. Silêncio)
já nada mais valerá a pena.
E eis que hoje, neste dia de chuva - sem haver sentido nenhum na vida -
apenas choro.

terça-feira, 3 de julho de 2012

feliz de quem chora e lê poemas
pior seria ter que ter sorriso fake, amarelo e ralo...
ou ter que fingir dor.




feliz de quem chora e escreve poemas
pior seria ter cara amarrada e fazer cálculos.

pra minha mulher que só é minha porque me dou a ela

amá-la ou não amá-la
é e não é escolha
amá-la e re-amá-la
amá-la
amá-la e saber que é uma chata
uma geniosa
e amar saber lidar com sua geniosidade
ama-la em raiz
ama-la e vê-la partir
ama-la e vê-la tecendo outros ninhos
ama-la e vê-la crescer
ama-la e não vê-la
amá-la apenas
amá-la e sonhar com ela todas as noites
e acordar e pensar: "que sonho mais sem jeito"
amá-la e não saber de nada
e não saber futuro
amá-la com o medo de estar fazendo tudo errado
e me manter longe
e duvidar se isso é o certo
amá-la e não saber
e ter no peito um medinho
e ter no peito uma esperança
e não ter mas peito
amá-la e amar a mim
e cuidar de mim
e fazer do meu jardim o mais florido
e sonhar com o dia de lhe dar flores.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Meu Pandeiro Iluminado

Era um pandeiro de coco.
Um desvairado pandeiro.
Um pandeiro perfumado.
Um perfumado pandeiro.

Era um pandeiro desvairado...
De um pandeirista de lambança,
Era um pandeiro iluminado...
Fé cega, festa e pardieiro.
Coisa mais absurda,
Pandeiro depois da compra
manter a etiqueta
de preço que outrora tinha.
Pandeiro num tem preço,
Num tem preço, nem etiqueta, nem tem também endereço.
No fundo todo pandeiro percute que é coisa do mundo.
Na desvairada pancada do mundo.
Na delicada patinela cintila.