O que há pra hoje?

POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Belindeza

Passou numa leveza
como uma brisa
Com a delicadeza de uma flor - prova de quanto a natureza gera delicadezas.

Flor.
Belindeza.
Alegria, prova dos nove.
Nem tudo foi perdido.


Flor.
Belindeza.

Petálas tão finas, simplíssimas, limpidíssimas de um perfume e de uma fines encantadora.


Flor.
Belindeza.

Mexeu nos sentidos...
Misto de beleza, dor, langor, morbeza e destreza no modo como constitui o amor.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Carta Etílica- Brasa de Ouro

Old eight
Teachers
Bell's
Domec
Campari

Cuba, cuba libre!
Cuba Bacardi

Cuba, cuba libre!
Cuba Bacardi


Vodka
Não vote na presidenta!

Dê-me os copos!
Virem todos os copos.

Paratudo, para paratudo
(A música é interrompida pelos soluços do poeta embriagado)






quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Sempre me falta

Ou me falta o sonho
ou deliro nas horas menos vãs do dia
ou sou o que me basta
ou me dá uma carência profunda
ou estou certo de mim
ou fico em dúvida atroz
ou vou longe, aconteço
ou fico pelos cantos choramingando migalhas
ou sou um bobo, macabéico
ou um Olímpio ímpio da vida
ou "sumo no sorvedouro"
ou não caibo mais em mim

"Oh! Pedaço de mim.
Oh, metade arrancada de mim."

sou isso

um pleno de vazios


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CIDADE SOL



Município de Jequié, Bahia...
uma boceta arreganhada para o sol
"como posta de carne curtida no sal"
chaga aberta "vigiando o oco do tempo"
vagina quente e humida
xoxotaça orgasmática e miasmática de tesão e tédio
sol a pino
chuva que nunca precipita
valei-nos Nossa Senhora da Tigela Furada
dai-nos água para matar a sede infinita,
o amor para suplantar a mesquinhez encardida,
sagacidade para escapar às arapucas dos ressentidos,
e o tesão para que continuemos vivos
pulsantes.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Nenhum Título Coube

não vá se perder por aí não vá se perder por aí não vá se perder por aí não vá se perder não vá não vá se perder não vá não vá não vá perder não vá perder por não não não vá perder se aí por aí por aí por aí por aí não vá

ou vá pela sombra...


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Antídoto para a inércia de palidez burguesa cômoda e atoladeira

Movimentar.
Movimentar.
Movimentar.

Estouro

E quer saber do que mais...
Puta que pariu!
Que se foda.
Que se exploda.
Que porra, essa viu!?!
Caralho, cacete, buceta.
Caralhão armado.

Boomm!

Que não sobre um caco de vidro que conte história nenhuma sequer, quiça que revele os reais motivos da bomba com urânio enriquecido que acabei de acionar.

Estourei pra explodir.

sábado, 17 de novembro de 2012

Sobre primavera, presente e música



 
Uma duzia e meia de flores
Rompeu o tédio
E não eram rosas
Não eram cravos
Nem margaridas
Nem crisântemos
Uma coletânea recado
Acooooorda!!!!
Sou esfinge do amor
Decifra-me que te devoro

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O coro dos enjeitados

LARÓYÈ, Exu!Sarava Exús e Pombas Giras!
Laroie!
Mojiba!

O coro dos enjeitados,
dos descabidos, ou desvalidos,
Coro de desditos Korus,
"Coro dos indesejáveis das gentes".
Coro de inimigos!
Vozes do aquém...

Sai de retro!
Sai, uruca desabrida!

Hétero

Para Jean Wilis

Hetero?

Só se for heterogêneo.

Que as pedradas da pacatez burguesa da Veja,
Do discurso ariano de Roberto Guzzo, de Bolsonaro ou de Hitler
Sejam parâmetros do quão grave é a doença a qual a imbecilidade acomete um homem.

Pow! Pedrada!
Disseminação do preconceito!
Pow! Pedra! Pau!
Estimulação da violência!
Pow! Pau! Pau! Cacete!
Empobrecimento das gentes.
Farto! Caralho!

Cantando samba:
Viado de Ibirataia
morre em Jequié
na Rodoviária


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Questã

Vivo ou me espatifo?
Procurando chã
na minúcia sã
na filigrana vã
no seguir insano
para

Sob que máscara retornará?

Eis a Questã

Em Pandarecos

Um peito em pandarecos
em sal de frutas
numa lambança geral

No sangue que é de gasolina
acetaldeído, éter etílico, dimetílico e de petróleo, óxido de etileno, propano, acetona, etanol...
inflamo veias abertas, sensíveis, doiradas, desvairadas, 
veias sedentas por plasmar a vida
em vinho, festa, trabalho e pão.

Coração em pandarecos.
Lambança geral.
Arrumação.

domingo, 11 de novembro de 2012

Nutrindo

- Tava cum saudade?
- Cum vontade da presença (disse com um meio riso nos olhos)
- E matô?
- Alimentei. é tão bom.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

ALGARAVIAS

GALA
RAIVA
SAIA
LARGA
RAIA
VIA
SILVA
ALGA
RASGA
LIGA
SIGA
LAIA
GRAVA
LIRA
SILAS
LAIS
LAR
SALVIA
ASA
GAY
RIA
SALVA
SALIVA
SARA
SILAS
SAGA
AIAS
AIS
LIS
LISA
VILAS
SALA
RALA
VIRA
GAIA
GIL
WALY

domingo, 4 de novembro de 2012

Oficinando Acordes

Para Danielle Rosa pelo teatro vivo, pelo testemunhal rito de vida e arte, abertura dos caminhos para as entidades.

Dioniso reboja na arena dos sonhos, na máquina do delírio.
Atletas afetivos entoam ditirambos:

DIONISO: Música!
CORO: Evoé, aviadores!

Teatro não se explica.
Teatro é ato.

Santos Dummont passa arrabetador aos nossos olhos.
Aviadores!

Baracata, baracutum!
Cabrum!
Cabrum!

Alma palavra,
Palavra alma,
Há uma palavra.
Alma pra lavrar.

Eju! Antropófagos!

Mas comer o quê?
O desejo de comer constrói/compõe um homem.
Nem por isso o pão ficou mais barato.
Nem por isso a lagosta ficou mais barata.

- Rasga o travesseiro...
Joga a água fora...
- Ir de roldão como rebanho?
Não!

Coro de Multidão!
Aquele que diz sim, aquele que diz não!
A decisão.

"Pula boi, pula cavalo
pula cavalo e boi"

Dá mais ainda.
Não fica mais nada.

Como pode uma pessoa ajudar outra pessoa?!

Rebanho!
Repasto!
Ou é a prova dos nove
ou é neca de pitibiriba.

Morrer e devir...
dilacerado, estraçalhado,
esquartejado Sr. Schmitt.

Nota: não deixar-se ser levado de roldão.
Estamos acordes.
Oficinei acordes.

Terminar a celebração no alto do monte Parnaso.
Entre sátiros, heróis, deuses e semi-deuses.

Evoé!
Vida longa, Zé Andrade Salomão!
Segue e transforma a lei fundamental da vida.