O que há pra hoje?

POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

domingo, 26 de maio de 2013

Eu

Profissão: poeta
oficio: metaforar
Saí de detrás da porta
e tô dando a cara a tapa,
a beijo, a  afago,
a brinde, a prêmio, a foda dá.

terça-feira, 21 de maio de 2013

MEL PATHOS

Meu bem                                                 Meu Otorrino
Meu zen                                                  Meu Neuro
Meu mal                                                  Meu Endo
Mel mel                                                   Meu Uro

ÓTIMO ATO FALHO

Ia falando próximo
Acabei falando préximo
que é próximo de pésssimo
mas que de fato é
ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO

Deleite

No deleitar das prosperidades todas
Regojizo em Oshanas
Com todos os aplausos do dia
E com uma dose qualquer martírio também
Deliro no enlevo das Horas idas
O amor sido em deleitações
Ali,
Lá,
Cá, Cá,
Vem cá, Kafka.
Vem ne mim... tô facim...
Carecença de revoluções kafquianas.

Edificio

É difícil lidar com gente,
com a gente, então...
edificante.

sábado, 18 de maio de 2013

Para desitoxicar do mcpop americano

Chega de POP
e de pos - se pop - se poupe - se
baionizece, xotionizíce sotaquize - se
mosss.
Chega de pop, mosss.
de mac lanche feliz
de coca-cola
de suco de caixa ou de pó

chega disso senão nó
desfaz o nó desintoxica o nó
nónónó

para desintoxicar, de tanto rock, man
Nem um toque nem um choque.

Para desintoxicar de tanto rock... só
só um xote chamegar

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Mim mesmo

Feri-me: um fio espesso de sangue flui.
Eu com minha própria unha
ferí minha própria pele,
na minha própria testa,
da minha própria cabeça,
do meu próprio corpo
corpo é pouco

da minha PRÓPRIA PRÓPRIA PRÓPRIA

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Sobre aprendizados do jogo da vida

O maior espetáculo (com plateia) da Terra foi feito por Cristo.,
A maior performance (sem plateia) da Terra foi feita por Torquato Neto, Ana Sofia Charlotte Deise Charbairraimer (?), Jannis Joplin, Amy Winehouse, Assis Valente, Chorão, Elis, Jim Morrison.
Rock and Roll pra valer foi Noel Rosa que partiu sem chegar aos vinte e sete
Rock and Roll pra valer foi Nelson Cavaquinho que viveu pra caralho...
"Rock And Roll pra valer" é vó Elza, que tem 86 anos (03 meses mais velha que Suassuna) e duríssima com coloridos de Almodovar no vestido!
Edu Krieger - AOS VINTE E SETE

terça-feira, 14 de maio de 2013

Sabenças Miguelianas

A gente nunca sabe saber tudo , mas a gente pode tentar
Se eu estiver certo sobre tudo que eu acho ser certo
Tó de ótima
Mas se houver alguma coisa errada entre as coisas que eu acho serem certas
E eu não souber identifica-la

Posso estar fudido.

Peraí

Ela me traz uma gangorra estética lúdica jogadora iluminadora pra essa vida...
pra essa terra... pra essa encarnação... pra essa
mas nem que me ver, nem me visitar, nem me falar ao telefone...
e olhe que vou defender um doutorado...
ela me ama...

...ela me ama muito. 
apenas não ouviu o telefone tocar 
e ta na correria 
materializando metáforas
pela festa, trabalho, ovos e vinhos


Tá tentando organizar a vida!
Mas a demora é 
morosa, um pouco.




Morri.

Morri Ponto
E eu que ainda ontem nem tinha bigodes
hoje ando cheio de cabelos brancos
e ainda tão menino
tendo de lidar com tantas tempestades

demanda demanda demanda
mil coisas pra fazer e eu envelhecendo.
em que dia de domingo ficou minha mocidade?
em que descuido? Em que desleixo?

segunda-feira, 13 de maio de 2013


Devenir miragens
Devir
Devir
Despindo-me por dentro e por fora
Afinando o instrumento em um outro diapasão
Afinação cebolão
Se afinar em MI (E), se afinar em Ré (D), se afinar em Sol (G)
E que venham os tempos todos de viração

Ardente

Uma talagada de água ardente
sementes sementes sementes
Com o corpo pulsando enfermo, doente, religioso
Corpo pouco, lúcido jogo de cartas
Lucidez lúdica acionando as bacias semâ(e)nticas
Num vômito tudo pra fora
Outsider
Fluído da lua
Viver em mudanças que a subhumana pica envenena
Envenenar os dias de Yin
Salmodiar os dias Yangs
E viver as noites na equilibração de tudo
SABEDORIA E BENEVOLÊNCIA QUE GENTILEZA GERA GENTILEZA.
Aprender a poética de ser passarinheiro, passarinho avuador
Avuador, poca-zói, tapioca, farofa de jabá, milho, banana e soja
No cú da gia, a cobra comendo o próprio rabo sendo ao mesmo tempo a fome e a comida
Cambiar de idioma para botar delírio na palavra
Para fazer acionar tudo, tudo nas mãos
Tudo afeta, tudo parece dizer respeito e fazer sentido
Arnaldiar meu corpo
Vestir-se de vermelho, de verde, ou cenoura imperial
Botar delírio, botar delírio
Arder em febre, carne trêmula
Ser o meu melhor do dia sempre
Corpo em flor, corpo em flor de mandacaru do sertão euclidiano
Do Walysertão
Suportar a vaziez
Suportar a vaziez
Suportar a vaziez
Construir uma fortaleza de aço blindado em volta de si
Okê Aró Oxossi, meu Preto Velho, Laroyê Exu Mogiba
Trancando a rua, a estrada velha no meio do grotão seco, da terra esturricada
Huracan
Ser flumen ou uma piaba no Rio das Contas
E arder, arder, arder
Filho de Gerônimo
Neto de Assunção
Roberto Carlos remidor
Cabecinha benta de evozerar
Ter um capacete azul pra dar-se conta de ser outro
Proteger o ori com um gorro mágico
Tatuar o próprio nome no corpo e deixar fazer sentido pra não se esquecer quem
se é se é que é se é que é isso possível
Criar, criar, criar
E não se adequar
A vida como ela é
Despir-se do orgulho, das vaidades, dos preconceitos
Samplear, Samplear, Samplear
Há vida um terremoto de viração
Mixar, Mixar, Mixar
Há vida numa ilha de edição
Editar, erigir, conceber, minar
Rever os princípios em autoeducação
Ser amor da ponta da língua à ponta do pé
DO GREGO: Σε συγχωρώ

Em Evoezes Indianos

domingo, 12 de maio de 2013

Mestre Elomar (meu sertão salomão) - tropicalhando Elomar num Evoé

 LaroiêExu! Exu émojubá!

Em resposta a primeira coisa que saiu da boca do mestres Elomar pra mim nas  geladas encostas das serras das gerais, no planalto frio e seco de morte da conquista (que ele nunca leia isso!)

Criar um sertão high tech com antena e radar
um WALY SERTÃO.
criar pra viver
Criar pra viver
depois do que Elomar me falou.
Fala, mestre, Elomar. Fala, não. Compõe, moço. Bode vei.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

...

Fita de Moebius
sertão babilaque salomão arnaldo pignatary oiticica antunes celso

Tom Zé tom zé
parara tom zé

Infinito aboio

aboio mouro do euclidesertão
j murilo é sertão de bosch ou
é sertão suassuna elomarsertão
walysertão
waly ser tão
rocha sertão de irará
iraraá ir sertão tão tãtã antão antoin conselheiro de tom zé
tomzésertão elomarsertão waly sertão ottosertão guimarãessertão
é tanto sertão no sertão dentro da gente, pro Catarina...

tem tanto sertão dentro da gente, Lirinha.

(parar de ler e ouvir Cordel do fogo encantando jogando performativamente com uma venda nos olhos, uma antena parabólica na mão, ao som de Elomar, tocado por meu yin-yanirmão [enlevo só que estudou na escola de tom zé e agora na escola de othon Bastos, João Augusto, Nilda Spencer, Harildo Déda e Daniel Marques Catarina Sant'anna Sérgio Afazifaria e Cleise Mendes], recitando Waly Salomão)

Daniel me ilumina!

Oke Aró! Oxossi Caçador, Elomar!

guimarãessertão guimarãessertão guimarãessertão

João. O mar virá sertão. Moço. Amigo. Doce. Outro
O sertão vira mar.
Monte Santo. Sertão.
Meu amigo.
Os Sertões. No Plural. Euclideana Iluminação!

Corpo corpo é pouco, sendo corpo vitual é outro, muito

To mandando tanto e-mail
eu to aqui ficando louco

To precisando comprar VODOL
que a frieira tá a me atacar

To mandando tanto faces
Corpo virtual remidor

Não. Facebook não é o termometro do mundo não...

ODE de Amódio de Jequi - terras da contradição (salomão)

Jequié é Urbana
Jequié é urbana
Jequié é Urbana
E falta tanta urbanidade
E haja tanta urbana idade

amódioamódioamódioamódio

ODE já minha terra de waly
templo de salomão

pelas arapucas andar, se entregar, se deixar prender e/pra se libertar
como Waly no Caradiru ir
PARA SE LIBERTAR
LIBERTAD
LIBERTÈ

In elefectar
Saindo da arapuca, do jequi, pra ver o que é que vejo...
Saindo da gaiola pra ver o que tem lá fora...

(cambiar de idioma pra na palavra por delírio, walydelirar)

- "mERGULHO. pROFUNDO!"
E ela? Onde está?
Nunca mais se ouviu falar, só se escuta.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Aboio de retirança


Ôôôôôôôôôôôôô ôi dor
hêêêêêêêêêêêêêê


Mais que escolha mais confusa
Em cada estrada uma viração
Em cada curva um  novo mundo
E eu só com Viola Enxada e facão

A vida aqui é modesta
Mas também não é sofrida
Como posso querer me despedir da terra
Em que vivi por toda vida

A incerteza do vento é o que reina por lá
Aqui terra é alimento
E nois pode trabalhar
Meu lote de terra é modesto
Mas dá pra nois viver
E nesse caminho sem volta
O que é que eu vou ser?

domingo, 5 de maio de 2013

Priberam contribuições Errantes sugestões

lavrar
laboro 



v. tr.

1. Trabalhar com arado, charrua, etc.


2. [Por extensão]  Amanhar, cultivar.

3. Ornar de lavores ou relevos.
4. Entalhar, cinzelar.
5. Bordar.
6. Aplainar (madeiras).
7. Explorar (mina).
8. Ir-se alastrando por.
9. Corroer.
10. Escrever; proceder à factura de (instrumento escrito).
v. intr.
11. Alastrar-se.
12. Tomar incremento.

Proposta errante 
13. jorrar lentamente

Fresta

Hummm!! Cheiro de botão em flor
quando ela mina.

o contraste da cor
o cheiro
os tamanhos do corpo

aqueles olhos[
aqueles olhos[

hummm!!!!!
cheiro de botão em flor.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Sândalo


Um dia depois do outro

"Fiz meu berço na viração"*

Matar um leão por dia, e serenar. Leão que ruge, que range e que morde...

Passar os dias dando murro em ponta de faca, e permanecer resiliente.

Bater todo dia na mesma tecla, e firmar candura.

Porque elefante se come aos pedaços.

E os homens que lutam "todos os dias... esses, sim, são imprescindíveis"**



*Tom Zé
** Bertold Brecht