O que há pra hoje?

POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ardente

Uma talagada de água ardente
sementes sementes sementes
Com o corpo pulsando enfermo, doente, religioso
Corpo pouco, lúcido jogo de cartas
Lucidez lúdica acionando as bacias semâ(e)nticas
Num vômito tudo pra fora
Outsider
Fluído da lua
Viver em mudanças que a subhumana pica envenena
Envenenar os dias de Yin
Salmodiar os dias Yangs
E viver as noites na equilibração de tudo
SABEDORIA E BENEVOLÊNCIA QUE GENTILEZA GERA GENTILEZA.
Aprender a poética de ser passarinheiro, passarinho avuador
Avuador, poca-zói, tapioca, farofa de jabá, milho, banana e soja
No cú da gia, a cobra comendo o próprio rabo sendo ao mesmo tempo a fome e a comida
Cambiar de idioma para botar delírio na palavra
Para fazer acionar tudo, tudo nas mãos
Tudo afeta, tudo parece dizer respeito e fazer sentido
Arnaldiar meu corpo
Vestir-se de vermelho, de verde, ou cenoura imperial
Botar delírio, botar delírio
Arder em febre, carne trêmula
Ser o meu melhor do dia sempre
Corpo em flor, corpo em flor de mandacaru do sertão euclidiano
Do Walysertão
Suportar a vaziez
Suportar a vaziez
Suportar a vaziez
Construir uma fortaleza de aço blindado em volta de si
Okê Aró Oxossi, meu Preto Velho, Laroyê Exu Mogiba
Trancando a rua, a estrada velha no meio do grotão seco, da terra esturricada
Huracan
Ser flumen ou uma piaba no Rio das Contas
E arder, arder, arder
Filho de Gerônimo
Neto de Assunção
Roberto Carlos remidor
Cabecinha benta de evozerar
Ter um capacete azul pra dar-se conta de ser outro
Proteger o ori com um gorro mágico
Tatuar o próprio nome no corpo e deixar fazer sentido pra não se esquecer quem
se é se é que é se é que é isso possível
Criar, criar, criar
E não se adequar
A vida como ela é
Despir-se do orgulho, das vaidades, dos preconceitos
Samplear, Samplear, Samplear
Há vida um terremoto de viração
Mixar, Mixar, Mixar
Há vida numa ilha de edição
Editar, erigir, conceber, minar
Rever os princípios em autoeducação
Ser amor da ponta da língua à ponta do pé
DO GREGO: Σε συγχωρώ

Em Evoezes Indianos

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