O que há pra hoje?

POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Arte é construção

Arte é construção
Arte é construçã
Arte é construç
Arte é constru
Arte é constr
Arte é const
Arte é cons
Arte é con
Arte é co
Arte é c
Arte é
Arte é
Arte
Arte
Art
Ar
A

Que 2013 leve

a turma do cú pa lua
da rua
do pé na estrada
a turma do vambora
du tomara
maravilha
de luz

Que 2013 leve
Um axé graúdo

Ouvir Tatuarambá até deixar

Onde acabo

Não sei onde termino.
Não sei mais onde termino.
Só sei que não caibo em mim.
É o fim?
Que fatídico seria.
Triste sina e constatação.

Em cima da rede.
Embaixo da lua.

É isso.
Rizomas. Risadas de longe.
Vozes e coisas.
Falas algarávicas.

Som de sirene.
U~e~e~e~e~e~e~e~e~~~ONNNNNNNNNNN
A cidade cala.
Desesperada.

CORO DA CIDADE:
- Fala Poeta!

Poeta morre.
Morre e devém.
Morre e Transforma-se.

Conversa de bar após saber da morte de Geraldo Xavier

- E aquela cunversa de que o mundo ia se acabar era mentira pura.
- Nera não, moço. Ia acabar tudinho mesmo. Só que aí morreram os imortais pra salvar a humanidade.
- Quem?
- Oxe! Os partidos de 2012: Oscar Niemeyer, Hebe Camargo e Dona Canô.
- Hum! Tá explicado.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Alquimia 2: POST IT de fim de ano



POST IT DRUMONDIANO

O Primeiro amor passou,
O Segundo amor passou,
O Terceiro amor passou,
Mas o coração continua.


POST IT WALYANO

O Primeiro amor passou,
O Segundo amor passou,
O Terceiro amor passou,
Mas aí, agora, o coração parou.


POST IT CÉTICO

O Primeiro amor não passou,
O Segundo amor não passou,
O Terceiro amor não passou...
E o que era tudo, virou rastro, perfume, pegada, sinal, passagem, caminho.
Ou não.




De Ibirataia

Viado
De Ibirataia
Morre em Jequié na Rodoviária

Viado
De Ibirataia
Morre em Jequié na Rodoviária



Fino chegou!
Fino chegou na ensolarada Jequié
com seu look underground cult over pop
de paleta de cor furtacor.
G Magazine como estandarte na mão.
Uma bandeira gay em pleno sertão.
Só estava de passagem
E seguiria para as terras da planta que na língua arde.
Sentou-se com a suave elegância dos povos das tesouras
e com seus sujos olhos vermelhos
atrás dos óculos - máscara escura -,
com um relógio enorme de pino no pulso,
camisetinha amarela,
shortinho azul xadrez mostrando tudo,
pôs-se a folhear
sua revista sem o menor
pudor do devir de horror!


Viado
De Ibirataia
Morre em Jequié na Rodoviária

Viado
De Ibirataia
Morre em Jequié na Rodoviária



Ao ver aquela cena
Do viado tão culto e erudito
dedicado à leitura dos contos eróticos de sua revista/estandarte
"a cidade apavorada se quedou paralisada",
chocada com a cena de horror.
Um qualquer passante jogou a primeira pedra.
E outra. E outra. E outra.
Pedras a mancheia.
O coro dos contentes - ou coro dos enjeitados -
matava lentamente o viado com as pedradas/bigornas.
A cidade apavorada,
que nunca quis, perdoou ou respeitou
apedrejou a mona
em plena luz do dia
morreu o viado de Ibirataia,
em plena Jequié, na rodoviária.


Tornar-se adubo ou Grande Partida

ultimato
apita o juiz
é fim do jogo
é o ultimo adeus
é o trem das 11
o ato final
o fim sem retorno.

morrer não tem adjetivo
só é triste pra quem fica.


sábado, 29 de dezembro de 2012

De onde estiver, sinalize.

E quando perde-se alguém.
Não perda de morte.
Mas perda de perda mesmo.
Oh, meu São Lunguinho!

Como seria bom se todos os objetos e pessoas do mundo
vibrassem, tocassem - ou mesmo explodissem de uma vez com tudo - quando os perdêssemos e quiséssemos encontrá-los...
A tecnologia revolucionária do celular não nos deixa perdermo-nos - já não se perde nunca um celular na mão de um gnomo ou saci qualquer.
A incrível possibilidade de ligarmos para tudo que se perde
e poder re-encontrar o elã, elo qualquer perdido.

E quando perde-se alguém.
Não perda de morte.
Mas perda de perda mesmo.
Oh, meu São Lunguinho!

Enfim.
Quer saber de uma:
Some, mas, de onde estiver, sinalize!
...


Negligenciar

Confiar no tempo e negligenciar
pra mim: sinônimos.

Confiar no tempo e negligenciar
pra mim: sinônimos.

Tá até ventando em Jequié
o que é que é que é

Tá até ventando em Jequié
o que é que há quiçá que é

Tá até ventando em Jequié
o que é que há que é quer ir quer ou quero


Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo bom tempo ruim

Rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo bom tempo ruim







quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Uma palavra a ser banida





WALY SALOMÃO:
- "Há dezenas de pessoas que falam que a palavra da língua portuguesa que não existe em outras línguas é “saudade”. Quer dizer, então, que eu quis realmente dinamitá-la Por isso eu estou me chamando de terrorista. Dinamitar um sentimento do senso comum tão estabelecido que chega até às raias da mitologia. As pessoas falam como se nenhuma outra língua tivesse uma palavra que exprimisse essa sensação. O que está longe de ser verdade, é uma grande mentira. Muitas outras línguas têm palavras que expressam uma sensação semelhante ao conjunto de sensações englobadas pela palavra “saudade”. Isso não é próprio do português, nem do brasileiro. Então, para que ficar amarrando a nossa burra, a nossa bula, o nosso cavalo nesse mourão da saudade portuguesa? Temos que inventar a mistura que deu no Brasil. Temos que inventar outras saídas bastante originais, fortes e enérgicas para o mundo."

Flumen - Palavra Destaque

Se não é pedra corredeira
estanca o rio.

E o rio é o rio
o rio
que corre e escorre
e flui
o rio desliza
derretidamente fluido
e flui e flui
um flumen corredor
correnteza
água corrente
água abundante
vertiginosa
fluidez, fluída, fluida
o rio
e rio, rio
um flumen trôpego pelas barradas das margens do rio
rio de fluidez
flumen
flumen
flumen

Ponto e Vírgula

eu te desejo;
eu te desejo;
eu te desejo
tudo de bom.


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Horas do fim

21 de dezembro de 2012

Hoje, tudo o que é vivo pode...
e tudo que não pode acaba podendo também...
estão todos perdoados...
mesmo porque nunca huve mesmo pecado do lado de baixo da linha do
Equador!
Equador!
Eco a dor!

Realinhamento dos planetas.

22 de dezembro de 2012

E agora que o mundo não se acabou?
Fazer o quê? Surfar em ondas de leveza.
Estranho 2012 acabar sem acabar!
Fazendo um dred do outro lado da cabeça.
Gosto das assimetrias.
Mas ser simétrico, às vezes, cansa ou basta.
Enfim.
Curtindo rastros Salomônicos.
Acabo a dor!
Acabo com a dor.

Realinhamento de sistemas astrais.



23 de dezembro de 2012

Frustração!
Grande merda! Previsões frajutas e fraudulentas.
Olha a merda que podia dar
 um grupo terrorista desse
usar esse leit motive para barbarizar.
Ia estar tudo desculpado.
Fim? O fim do fim! Fim uma pinóia.
Seriamos muito privilegiados mesmo em assistirmos o fim dos tempos no planeta.
Que pretensão a nossa. Não é mesmo.
"Mas pelo menos uma tragediazinha devia acontecer!" um qualquer passante diz.
E volta a dor.
Voltador.
Voo tá d - o - r.

Realinhamento das cosmovisões e mundividência



P.S.: "Nada Acontece. Nada parece acontecer. Mas algo flui." Waly Salomão



quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


Eutanásia




Quando quiser dar o fora em alguém seja claro
-Vaí!
 - Sai fora!
- Canta pra subir!
- Desempata!
-Se liga, perdeu play boy!
-Já era!
-Acorda!

É melhor, mais digno para com  o outro
mais saudável do que
sopro na ferida,
tapinha nas costas
ou promessas de futuro

Depois de atropelar  pernas e barrigas do gato, espalhar suas tripas pelo asfalto
Mais humano é passar logo, por cima da cabeça e acabar com tudo
Melhor do que assisti-lo agonizando.
Afinal, já que  a morte é certa
Desliguem os aparelhos

E  vá pra puta que a pariu com sua polidez e boas maneiras

(Ponto Final)


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

B - A - B - I - L - A - Q - U - E - S

Alguns cristais clivados:

Construtivista Tabaréu
De capim de Caboclo: Dramatização em cinco quadros em aberto

UNDER THE BARE TREE
UNDER THE BARE TREE
UNDER THE BARE TREE

Alterar
Caltdernaro
Altduplicadernaro

SOL CRU - No verão... é habitada por deuses

Torpedo suicida
Figuras Alpinas
Stride

As Mandíbulas do tubarão imperialista versus sombra chinesa

Santo Graálfico
Vertozigagens
Logbook

Mondrian Barato

Mar... E as sereias desaparecendo por falta de estímulos comerciais

no winterlúdio
Trying to grasp the subway graffitti's mood.

Brasily
Território Randômia

Coisa de Olavo Biócio

Por Puro Esporte

"nota de cabeça de página":
E "se o caso é chorar",
fazer, falar o que "me der na veneta..."
vou arregaçar com tudo nessa boca da noite:
- Eu curto o puro esporte por puro esporte!

"Um qualquer passante diz":
- Morrerei de calor em Jequié! Juro!

De mais a mais:
- Mas você nem curtiu, nem se permitiu, cara pálida!

Olhe mais de perto, sinta um pouco mais.
Permitir-se e não deixar-se atrapalhar... e não deixar-se atrapalhar... e não deixar-se atrapalhar... e não deixar-se atrapalhar...

Nota 01:
"SER AUTÊNTICO CONSIGO"

E aquele olhar doce (?) carne trêmula (?) desejo indócil (?) vontade (?) ardor (?) febre (?) e todo tipo de coisa que o valha (?).
Foi tudo nada?
"ALTERAR"
"ALTERAR"
"ALTERAR"

Frases Tom Zézianas:
"Mas o que é que amor tem a ver com moral e logística, menino!"
"É o caso de se perguntar: e agora, resta o quê?"

Nota 02:
"OS GRANDES POETAS SÃO COLOSSAIS"

Joga-se dentro.
Joga-se fora.
Jogo na vida.
Na arte.
Na trilha.
Na cama.
O jogo é voluntário.
O jogo é voluntário.
O jogo é voluntário.

"Um qualquer passante diz":

- "Perjuro! Serei Perjuro" de qualquer jura de amor que não couber nessa ocasião! E aí, me faltam as palavras de amor: e canto e danço e atuo e performo e bebo tua presença.

"Só a antropofagia nos une"


Dá-me uma preguiça de zica ruim lidar com moralismos e comedimentos, pisando em ovos e cheio de dedos para amar.

E o que é 'uma msg de amor'?

É só amor.
É só amor.

Agora despacha esse ebó, canta pra subir e segue adiante com dois passos pra frente e um pra trás. Paciente mente. Como num fúnebre ritual de axé, de santo.

Saindo de cena.

Se houver algum "atleta afetivo",
que faça alguma coisa:
ou mostre garra com os próprios desejos,
ou dome os próprios demônios,
ou morra de infarto,
por puro esporte.

E ponto final.
Por puro esporte.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012



Atado.
Impotente.
Mãos amarradas em cordas que ajudou a tecer
Murmura
Resmunga
Chora
Lamenta
Grita
Pede
Tenta lamber o leite derramado
                                                                                    Não  sabe explicar sua lógica
                                                                                    Mas amor não é questão de lógica nem de logística




Jogo novo





Não sei no que estou, mas sei que é grande
Um diabo abre as portas
-“Bem vindos! Aqui todos vocês serão curados”

Novilhas e sacrifícios
Não há fronteira
Toda partida deixa seu rastro
E a torcida deseja mais e mais

Alquimia 1



Como um fato, duro e rígido, sabia que teria por todo o sempre, Ausência e Saudade como companheiras, alianças de vida. Fato agudo, pontada no peito, dor de dente, queimor no espinhaço da costela.
Depois de muito protestar e brigar com as insistentes companheiras, manso e sonso passou a brincar  e conversar com elas.
Deu um tiro de escopeta na cabeça da saudade...
E foi fazer com Ausência graça, afim de não encher ninguém mais com o seu vazio. 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Talhe?

Foi faca amolada
navalha acesa talhando a carne do tempo

Foi faca amolada
amolada e envenenada com o fel de dizer apenas para destruir
pra maldizer, pra provocar todo tipo de dor

Hoje...
Hoje é
Faca cega
Que já não corta mais,
Que já não causa dor,
Que já foi.
Já não é mais a mesma.
Já passou.