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POESIA COLABORATIVA
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segunda-feira, 22 de abril de 2013
Maçanetas todas
Eram uma, duas, três, quatro, cinco mil, seis mil, sete mil
Eram um milhão, dois bilhões, três trilhões
Eram um terabit, dois terabit, três tetrabit
de maçanetas.
Maçanetas de porta
todas elas, flutuando, flutuando suspensas no firmamento
abrindo/fechando com suas fechaduras
as entradas de todas as sendas, de todas as veredas,
de todos o caminhos.
E era ele caminhoso,
mas nunca acabavam-se as maçanetas, infinitas maçanetas e suas horas todas...
hora de fechar, hora de abrir, hora de ir, hora de som, "hora de mim sem som", hora de passar, hora de acordar, hora de compor, hora de hora...
hora de acabar.
Hora de tudo que é hora.
É que é preciso maçanetas e mais maçanetas
É preciso um zilhão de maçanetas
um não-se-acaba-mais de maçanetas
para abrir, para seguir, para passar,
ou para simplesmente ir, sumir.
É que é preciso maçanetas e mais maçanetas
É preciso um zilhão de maçanetas
um não-se-acaba-mais de maçanetas
para abrir a cabeça do mundo, a cabeça do século.
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