Carandiru, 1972
Waly Dias Salomão
Preso por porte de maconha.
Prisão
templo de libertação
e tuas selas lotadas, sujas, imundas...
e o cheiro de crime, de sangue ou de morte...
e teus inocentes, tuas paredes frias de grutas ignotas...
A poesia libertou o homem da prisão
O lançou solto no espaço, noutro espaço, noutra dimensão...
no mar bravio e caótico da estética...
o Marujeiro da Lua.
Com seus sujos olhos vermelhos
o poeta fica parado, fica calado, fica quieto.
corre chora conversa
e com todo restante versa.
Outra vez preso,
agora ao próprio fardo de ser poeta,
o poeta foge de sua sombra e começa a peregrinação do devir e dos desvios.
Sailormoon:
Marujeiro mor capitão da Stultifera Navis tropicalista
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