O que há pra hoje?

POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Carandiru

Carandiru, 1972
Waly Dias Salomão
Preso por porte de maconha.

Prisão
templo de libertação

e tuas selas lotadas, sujas, imundas...
e o cheiro de crime, de sangue ou de morte...
e teus inocentes, tuas paredes frias de grutas ignotas...

A poesia libertou o homem da prisão
O lançou solto no espaço, noutro espaço, noutra dimensão...
no mar bravio e caótico da estética...
o Marujeiro da Lua.

Com seus sujos olhos vermelhos
o poeta fica parado, fica calado, fica quieto.
corre chora conversa
e com todo restante versa.

Outra vez preso,
agora ao próprio fardo de ser poeta,
o poeta foge de sua sombra e começa a peregrinação do devir e dos desvios.

Sailormoon:
Marujeiro mor capitão da Stultifera Navis tropicalista

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