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POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

segunda-feira, 4 de março de 2013

Cunhã

Na casa de cunhã
Come-se um peixe fresco dum tempero de sabor sem precedente.
Na casa de cunhã com outras cunhãs, todas cunhãs
cunhazando as tardes, cunhazando os dias
tem Apolo servido na mesa, brômios, compotas de doce e de água
e de água que passarim não bebe
Na casa de cunhã onde cachaça doce se adoça com abacaxi,
abacaxi que, creio, tenha vindo de Irará
e as surpresas de conquista dançam o coração
Na casa de cunhã tudo está servido, de cachaça pink abacaxi
a chama de uma flor
e tem diáspora, e gracilianos, e tese/jogo, e partidas, e ai se sesse, e fotografias, e sombras, e cânones, comes e bebes e beijos
na casa de cunhã, com tudo que é cunhã, tornei-me cunhã também...
Uma casa brasileira com certeza, uma casa brasileira.

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