O que há pra hoje?
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quinta-feira, 31 de março de 2011
CIÚMES
Dessa abertura estreita
dessa sede infinita
desse querer constante
saborearei tudo
todo jorro esguichado com força.
Vem com tua sede seca
Bebe a sopa doce da minha concha
acre sopa de meu desejo
Lamba o doce falo carnudo de minhas tórridas sensações
orgia de sentimentos, sopas, leites, cuspes
e que a polpa dos meus seios te alimente
mas que jamais te sacie.
Refestela.
Eu juro que ainda nos comeremos, que nos possuiremos. Que seremos
um no outro.
Juntaremos nossas sedes, nossos vontades, nossos gozos, nossos
néctares.
Nos amalgamaremos bêbados de nossas águas e diremos, então :
" ...
...
?
?
?"
GROTESCO
DIÁLOGO COM O MUNDO - pecado 01: fúria
MUNDO: Que fazer quando a fúria toma alma e sai pelas ventas dos poros?
HOMEM: Mundo, explodi dor, e gritei à derme que gira as montanhas mais distantes, que o coração caminha mal por veredas irreconhecíveis, e que não são poucas as lágrimas que rompem face como mais bruto cristal, revestindo a amplidão das coisas.
MUNDO: Que fazer quando a fúria toma alma e sai pelas ventas dos poros?
HOMEM: Mundo, há uma realidade, cada vez mais caduca e afixionada pela sufocação, pela suplantação de segredos constantes sobre os desejos reais dessa cidade. Cidade que aparece desnudada frente aos olhos de quem a assiste.
MUNDO: Que fazer quando a fúria toma alma e sai pelas ventas dos poros?
HOMEM: O trovão... símbolo maior da entrega, do desespero, rege o homem nestas circunstâncias. Sangue que ferve. Um fevor em em ebulição que corre por veias, artérias e vasos... o pulso: mais.
SOM EM OFF: o tempo... o tempo... o tempo.... o tempo... o tempo...
HOMEM: Coração, regula o organismo desregulado, conserta o corpo desconcertado, estabiliza a desmedida de fé. Coração, re-sintoniza minh'alma de toda essa disritmia... Ufa!(outro tom) e depois de um tempo... depois de um tempo a realidade das coisas volta a ser quem era: uma tranqüila e senhora dama, vestida em trajes brancos, com laço de fita, lenço de xita e rasteira no pé... sobre um mar calmíssimo... de flores azuis... poucos espinhos.
Das possibilidades de ser intenso
ser um orificio o orificio, que desejo.
Um Orifício
A vida acontece… Ela urge, bisbilhota nossa impaciência e incertezas. Mas como? É possível que ela aconteça quando a alma está de muletas, casada e sem ânimo? Sim! Não conteste! A vida acontece e não te pede a liberdade de passagem, à porta aberta, a alma de prontidão Acontece pra mim, pra você, nas ruas, nos becos sórdidos, nos botecos sujos, nas alcovas em convulsão... Enquanto tu remóis os ais do choro de ontem, a vida acontece, o mundo caminha, o aluguel vence, a privada entope, os amores dissolvem-se, a puta corre, os “viados” morrem, a causa dorme, a sombrinha gira, o tambor agita, a gente ferve, os estudantes entorpecem, a república aquece-se... Não disse: a vida acontece! |
segunda-feira, 28 de março de 2011
Ouviram de Poetain'blog
.
Fiquei espalhada,
Cozinhando Tempo
#P(risão)#
Então ela riu, e seu riso foi arranhado pelo aparelho que traz pra ajeitar os dentes. Saiu um riso quadriculadinho, que me envolveu num xadrez em cor-de-branco-e-boca.
Xadrez mesmo, daqueles que prendem a gente.
Minha jaula: #o mundo todo#, do riso dela pra dentro.
sábado, 26 de março de 2011
Aparências de Amor
Meu coração em festa
Aguaceiro
As nuvens desabam
A água não se sustenta no céu
umidece a telha
sulca o chão
rompe calha
ensopa corpos
revira asfaltos
faz correnteza
enche casa
mareja olhos...
Frescor de outono
Prenúncio de verde paisagem.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Didática de invenção: poesia de amor
terça-feira, 22 de março de 2011
Poesia de Quintal
Era assim
terça-feira, 15 de março de 2011
Estomago - volume 2 (ou Boca)
segunda-feira, 14 de março de 2011
voar sem saber usar as asas,
nadar sem barbatanas,
se defender com armas produzidas pelo medo,
passar a perna no tempo
e sentir.
VIVER.,,
beber água gelada em dia quente
saborear o doce do que ainda não foi tocado pelos fetiches (e do que já foi)
saboregozar uma mulher perfumada
namorar na rede e
gozar numa orgia gastronomica.
VIVER.,,
arrumar a casa e ouvir música
saber ser mais facil arrumar a casa do que a vida
saber que é melhor chorar
do que prender magoa
e chorar
VIVER.,,
porque hoje é segunda
porque sempre há uma segunda chance
porque existem os amigos e os encontros
porque o vinho embriaga
e viver é um dom.