MUNDO: Que fazer quando a fúria toma alma e sai pelas ventas dos poros?
HOMEM: Mundo, explodi dor, e gritei à derme que gira as montanhas mais distantes, que o coração caminha mal por veredas irreconhecíveis, e que não são poucas as lágrimas que rompem face como mais bruto cristal, revestindo a amplidão das coisas.
MUNDO: Que fazer quando a fúria toma alma e sai pelas ventas dos poros?
HOMEM: Mundo, há uma realidade, cada vez mais caduca e afixionada pela sufocação, pela suplantação de segredos constantes sobre os desejos reais dessa cidade. Cidade que aparece desnudada frente aos olhos de quem a assiste.
MUNDO: Que fazer quando a fúria toma alma e sai pelas ventas dos poros?
HOMEM: O trovão... símbolo maior da entrega, do desespero, rege o homem nestas circunstâncias. Sangue que ferve. Um fevor em em ebulição que corre por veias, artérias e vasos... o pulso: mais.
SOM EM OFF: o tempo... o tempo... o tempo.... o tempo... o tempo...
HOMEM: Coração, regula o organismo desregulado, conserta o corpo desconcertado, estabiliza a desmedida de fé. Coração, re-sintoniza minh'alma de toda essa disritmia... Ufa!(outro tom) e depois de um tempo... depois de um tempo a realidade das coisas volta a ser quem era: uma tranqüila e senhora dama, vestida em trajes brancos, com laço de fita, lenço de xita e rasteira no pé... sobre um mar calmíssimo... de flores azuis... poucos espinhos.
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