- Há coração que suporte tanto amar? - inquiriu o aprendiz de poeta temeroso pela resposta.
- Sem amar é que não suporto. Mas é assunto assombroso. Não se fala de amor em poesia. Falar de amor em poesia é tarefa vã para os poetas imberbes, é assunto apenas para bardos experimentados. Melhor trilhar outros rumos que falar de amor. Poesia de amor é desvio dos ignaros poetas jovens.
- Quimera vil, meu ardoroso poeta. Por isso meus versos soam pobres?
- Começar pelos descomeços. Escrever sempre pelos cotidianos. Falar de amor é tarefa que carece estrada. Exige soltura. Árduo demais para um aprendiz.
- E em natureza de metalinguagem?
- Talvez. Caminho possível.
- Bem, já tenho então minha primeira poesia de amor.
Leia-se, cumpra-se, publique-se.
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