Era uma madrugada velha...
parecia a mesma de sempre, mas tinha um jorro distinto.
Ouviu o canto dos pássaros que teciam aquela manhã rosada:
tiê, pardais, tibós, sofrês,
era uma manhãzinha laranja que anunciava um dia novo e o início de uma nova história.
Parou para assistir ao espetáculo.
Ascendeu o cigarro de fumo de rolo e resolveu ficar ali para ver, para assistir a vida naquele dia passar.
Ia ficar no mais absoluto silêncio,
Esperando que o dia corresse como sangue nas veias do tempo.
As expectativas não iam longe.
Havia de ser um diazinho qualquer como qualquer outro.
Mas apostou na surpresa, apostou na possibilidade de surpreender-se.
...
uma mulher passou devagar,
um homem, um burro velho e um poeta.
Voltou a fumar o velho cigarro de fumo.
Não demorou veio o cair da noite com seu véu azul estrelado.
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