Descanso merecido.
Acordou, espreguiçou-se (impressionante como a palavra espreguiçar parece mesmo estar espreguiçando-se).
Abriu os olhos. O branco do dia invadia a janela e deixava a visão turva, cega com o claror. Aos poucos as pupilas acostumavam-se.
Parou, pensou, pensou bem...
Parou, pensou, pensou bem...
Olhou direito, reflexivo, e falou:
- É! Acho que estou voltando ao trabalho.
Ascendeu o primeiro cigarro do dia. Fumou-o. Fumo-o até o último sinal de fumo.
Em seguida ascendeu em felicidade e gozo.
Refestelado ao prazer sem vaidade, prazer que é representação do absoluto, prazer que é só redenção e nem sequer faz gosto de ser.
O pensamento era só felicidade...
mas, voltando a si, refletiu mais uma vez, re-pensou:
- (pesaroso) Eita, responsabilidade!
E riu-se num bailado doido.
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