Hoje eu acordei com um nó cego na garganta.
Com os olhos marejados sufoquei uma dor fina, aguda, com os
soluços e os espasmos que o medo do choque com o mundo novo provoca.
E não é só porque sofro assim que quero me matar, é também
porque o mundo está uma merda e para todo lado para o qual se olhe só se vê
devastação.
É isso. Devastado é como se sente meu peito.
Que vontade niilista de explodir tudo e começar do zero, ou
de nem recomeçar.
Que vontade grande de dizer umas verdades, de mostrar minha
versão de tudo e pintar o mundo de monstro. O mundo é um monstro sereno, atencioso,
educado, bondoso, que à todos cativa. Mas eu cansei e não caio mais nessa falácia, nessa embromação.
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