Quando a vi pela primeira vez não pude imaginar,
Afinal aquelas roupas largas,
os gestos brutos
a feição casmurra,
quem adivinharia quem ela era?
Ela dizia que dançar era como voar
E que estas duas ações eram seus grandes e irrealizáveis desejos:
Não dançava e tinha medo de altura.
Era um desengonço só.
Quando entendi o problema
Nem foi tão difícil convencê-la
fiz isso com meu corpo
Dancei. Ela me viu dançar.
Viu que para dançar bastava ter pés,
Bastava ter música,
Bastava ter ar.
Dançou também comigo e flutuou música,
cometeu crimes contra as leis da gravidade... voou alto.
Por fim... perdeu todos os medos.
Aprendeu com a vida.
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