O recheio e a cobertura eram de chocolate e coco,
que por coincidência ou não,
eram seus sabores preferidos.
Cortou uma fatia,
observou seu aspecto
e sabia que, querendo ou não, teria que comer.
Sentou-se, empunhou os talheres na intenção de saborear
um bom pedaço
e conhecer, pelo gosto,
a função e o efeito de cada ingrediente.
Não estava simplesmente comendo aquele bolo.
Investigava cada detalhe que o constituía.
De modo que já na primeira garfada
percebeu que as claras tinham sido mal batidas,
que tinham pesado a mão no açúcar,
que havia muito fermento,
e que o bolo fora mal assado.
Há coisas que nem a fome nem a gula justificam comer.
Há outras que só isso.
Delicioso poema épico.
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