Imagine domingo de céu cor chumbo, chuva fina riscando o horizonte e ar de melancolia contaminando o ar do apartamento que a nem rua permite avistar.
Nesse dia sorumbático há pertubação pelo que permanece e nada muda; na sala um objeto falante revira a memória afetiva do "macarrão com molho inconsistente", frango assado e farofa dos almoços de outrora onde o que mais recorria era a abstração de tanta ironia e falsos sorrisos amarelos.
Penso que são domingos de olhar cabreiro e de laços frouxos que tento me distanciar...ressignificando o que dissera um ventríloco através dessa coisa falante: domingo é dia de escombro e esperança em construção!
Domingo é dia de coerências com as pequenas expectativas da vida. E a coerência não faz o menor sentido.
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