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POESIA COLABORATIVA
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domingo, 17 de abril de 2011

Domingo, dia de coerências

Domingo é dia morno, dia que antecipa-se em segunda indesejada; muito marasmo e pouca ação. É dia que mesmo com sol no zênite, cores das mais diversas matizes a cintilar nas pupilas, pouco inspira uma poesia, boba que seja, cheia de gracejo e destemperada de inteção.

Imagine domingo de céu cor chumbo, chuva fina riscando o horizonte e ar de melancolia contaminando o ar do apartamento que a nem rua permite avistar.

Nesse dia sorumbático há pertubação pelo que permanece e nada muda; na sala um objeto falante revira a memória afetiva do "macarrão com molho inconsistente", frango assado e farofa dos almoços de outrora onde o que mais recorria era a abstração de tanta ironia e falsos sorrisos amarelos.

Penso que são domingos de olhar cabreiro e de laços frouxos que tento me distanciar...ressignificando o que dissera um ventríloco através dessa coisa falante: domingo é dia de escombro e esperança em construção!

Domingo é dia de coerências com as pequenas expectativas da vida. E a coerência não faz o menor sentido.

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