Me enche de saudade
E os dias de primavera
cantam um outono desafinado
Ou quando alguém embriagado
vomita-me poesia de vidro
desfazendo o meu passo
Que ela vem.
E quando ela vem
eu salto pela janela
porque a porta é distante
e urge respirar o sol pela pele
Impera abrir os poros,
e suar arco-irinhos minúsculos
às miríades, às miríades!
Só para eu oferecer
minhas cores a ela.
Quando ela vem eu rimo
Como tudo o que é bonito
E com quase tudo o que é sagrado
subo ao céu feito prece tibetana:
No vento!
Ela, aquela...
a poesia alada
que não me cabe
Mas me inflama,
Me inflama e me expande.
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