O que há pra hoje?

POESIA COLABORATIVA
Suor. Espaço de exercício poético e livre escrita...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Viu-me

A andar na rua

Andar assim como quem come

O pó

A paisagem

A maçã dos tempos

Não desviou o garfo dos ombros

Por crer-me pouca demais pra tanto prato:


Inaniu-se.


Viu-me

A andar na rua

Andar como quem chove

Molhando os olhos

Os ocos centros

Dos tantos mundos

Não tomou do guarda-chuva

Por crer-me sol demais pra tanta água:


Afogou-se.


Viu-me

A andar assim na rua

Andar como quem se despe

As glândulas inchadas

em cada mama,

dez mil ninhadas penduradas

Não escusou-se

E a despeito da barriga farta:


(M)Amou-me.

Um comentário:

Espaço de poiesis, de criação;;; comente, amplie, revise, sugira... plasmando a voz de Errante Trovador. Prefira identificar-se, pois preferimos cultivar as relações e colher parcerias no caminho. Agradecemos a atenção.