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POESIA COLABORATIVA
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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Fragmento de uma dor-de-cotovelo bem resolvida

Foi lindo te ver diante de mim. Aquela vastidão toda, iluminado, grande. E eu vi um sol em você, e um céu sem limite reto de horizonte. E pensei comigo mesma: vou voar! Impulsiva que sou, alcei-me. Mas olha o meu espanto: eu não subi, eu caí, caí. Só que não caí por muito tempo porque você é raso, Zé. Você não é um céu, é uma poça. Uma pocinha de nada. De nada mesmo. Me machuquei e agora ando com o ridículo de uma ferida aberta na testa, pra todo mundo ver. Mas, admito Zé, há uma coisa que me consola: tanto você, quanto a minha ferida, tendem a secar.

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